sábado, 3 de dezembro de 2011

O SER E O NADA

São pequenos sopros.
Pequenos sopros por onde jorram sonhos, esperanças, e desesperos passados.
São sopros cuidadosamente elaborados pelos meus fantasmas, fantasmas que me seguem por onde eu for.
Eles fitam-me com grandes olhos cor de nada, transparentes, vazios.
Para que serve viver se vivo assombrada?
 Assombrada pelas vozes que vivem na minha consciência. De que serve a vida se não sou digna dela?
De que serve eu continuar se sou nada, apenas um grande saco furado por pequenos sopros de cinzento?
Ninguém consegue ver estes fantasmas.
Nem mesmo eu.
Sinto-os a devorarem-me por dentro como se eu fosse um cadáver no deserto a ser devorado por abutres.
Vazia.
Cheia de nada.
Pelo meu rosto transparecem apenas os espíritos que no meu corpo habitam, a toda a hora.
Não peço nada senão ser eu própria.
Não peço nada senão encontrar a minha alma.
Não peço nada senão alguém que

Catarina Branco, 10º ano, Dezembro 2011

A INCÓGNITA DO FUTURO

Se eu acredito em algum modo de prever o futuro? A esta pergunta posso responder que sim, que acredito. Mas também posso dizer que não, que tenho dúvidas, que não sei.
Pessoalmente, nunca recorri a nenhum meio de previsão do futuro mas conheço pessoas que já o fizeram e garantem que é tudo verdade. Já pensei em experimentar e ir ver como é. Contudo, na verdade, acho que não gostaria de conhecer o meu futuro.
Agora, estou a viver o presente e ainda não esqueci o passado. Para que quero pensar já no futuro? Será que as pessoas querem conhecer o futuro para saberem como se vive o presente? Parece-me que a vida não deve ser vivida assim! A vida está cheia de surpresas! Se todas as pessoas conseguissem ver o amanhã, a vida deixava de ter tanta piada!
Há coisas em que eu acredito e há muitas coisas sobre as quais tenho dúvidas. Há pessoas que acreditam em Deus e lêem a Bíblia. Eu não. Eu acredito na música e meto a rádio mais alta. Há pessoas que dizem: “Sem Deus não somos nada.” Eu não. Eu digo: “Sem música não sou nada.”
Será que vale a pena conhecer antecipadamente o futuro?  
Keeley Hood, 7ºD – PLNM, Dezembro 2011