quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Día de los Reyes Magos


 
 
 
¡Hola a todos!
Como sabéis, el 6 de enero, es el Día de los Reyes Magos.
En España, los niños escriben una carta dirigida a los Reyes para pedir los regalos que desean y para asegurar su buen comportamiento durante el año pues, según la tradición, los niños que se portan mal reciben, en vez de regalos, carbón dulce.
Gaspar, Baltasar y Melchor dejan los regalos en los zapatos de los niños y los niños dejan dulces para agradecer a los Reyes Magos e incluso agua o comida para los camellos, que es su transporte.
Este año, los Reyes también visitaron nuestro Agrupamento ¡y han deseado a todos un Feliz Año Nuevo!
 
Los alumnos de Español de 8.º A

Verónica Pits


Continuação do texto “O CANTEIRO DOS LIVROS “ de José Jorge Letria

manual de Português do 5º ano "P5", páginas 26 e 27

O canteiro dos livros

            Quando chegou a casa, Francisco foi espreitar o quintal e viu uma toupeira muito zangada. Como sabia falar com animais, perguntou-lhe:
            -O que se passa?!
            -O que se passa, o que se passa, ainda tens coragem de perguntar isso, olha à tua frente, o que fazem estes livros aqui? -  pergunta a toupeira, furiosa.
            -Tem calma…
            -Ter calma?!
            -Sim, as formigas já vêm aí para levarem os livros para o se depósito subterrâneo de livros, ao qual eu chamo biblioteca. Também vou oferecer alguns livros à biblioteca da escola, à biblioteca do bairro e, claro, os restantes livros ficam para mim, ou então, abro a minha própria biblioteca «Biblioteca do Francisco» que seria o máximo, sim, acho que vou fazer isso!
            Subitamente, apareceram lagartas e doninhas fedorentas (cheiravam tão mal…), que queriam levar todos os livros do quintal mas, quando tiravam um livro do seu lugar, nascia sempre mais um livro, mais um livro, mais um e mais um, sempre, sem pararem de crescer.
            Ninguém conseguia tirar os livros todos porque quando tiravam um nasciam sempre mais dois. Francisco andava cada vez mais contente, mais esperto e, todos os dias, com um livro novo, debaixo do braço.
            Um dia, a toupeira perguntou-lhe:
            -Francisco, posso levar alguns livros para mim?
            -Sim, claro que sim, quando nascer um do teu agrado, leva-o logo.
            -Obrigada, muito obrigada, Francisco!
            -De nada.
            No dia seguinte, foi contar tudo o que estava a acontecer aos seus colegas. Os seus colegas ficaram tão admirados que quiseram ir logo ver. Quando acabaram de ver tudo, cada um escolheu o livro que mais lhe agradou.

    Verónica Pits, 5ºD

Tomás Coito


Continuação do texto “O CANTEIRO DOS LIVROS “ de José Jorge Letria

manual de Português do 5º ano "P5", páginas 26 e 27

    O Francisco, de novo em casa, foi espreitar o quintal e ficou muito surpreendido quando viu que tinham crescido mais alguns livros, como por exemplo: “Harry Potter”, “O Diário de um Banana”, “O Diário de um Vampiro”, “A minha Escola dava um Filme” e muitos outros.            
 Foi chamar o irmão e o pai para verem tudo o que estava a acontecer no quintal. Logo depois, foi chamar também a mãe, que teve a bela ideia de fazerem uma biblioteca.                       Todos concordaram. Seguidamente, apareceram um castor, uma toupeira e um canguru. O castor fez as paredes e as portas, a toupeira fez a canalização e o chão, o canguru fez o telhado e a chaminé, o pai fez as estantes e as mesas, o irmão fez as cadeiras, a mãe fez a decoração e o Francisco tratou de avisar que ia abrir uma nova biblioteca.                                             
Quem ficou na secretária foi um amigo do Francisco chamado Pedro. A biblioteca ficou muito famosa, tinha novos leitores a todas as horas e novos livros não pararam de crescer!
Tomás Coito, 5ºD

Mariana Couto


Continuação do texto “O CANTEIRO DOS LIVROS “ de José Jorge Letria

manual de Português do 5º ano "P5", páginas 26 e 27

O segredo misterioso

Quando voltou para casa nesse dia…foi de imediato para o canteiro e reparou que cada vez havia mais livros.

Recolheu os livros todos, levou-os para o quarto e trancou a porta.

Começou a ler os títulos dos livros e reparou nos seguintes – “Anne Frank”, “Julieta e Romeu” e “Macaco à solta na minha rua”.

Sentou-se na cama e começou a ler.

Passado um tempo, olhou pela janela e viu o seu cão a cavar, no canteiro das hortênsias.

Francisco desceu as escadas e, descalço, foi para o jardim.

Olhou para o canteiro e viu um elevador que ia dar a um covil que estava dividido em três secções:

             · uma biblioteca subterrânea,

            · um laboratório científico,

            · uma sala de música com vários instrumentos.

 

Entrou no elevador e desceu. Ao entrar, reparou num tapete que dizia: “Bem-vindo” e, mesmo à frente do seu nariz, estavam estantes e estantes de livros, livros românticos, contos, poesia, livros de aventuras e muito mais.

Nessa biblioteca, havia também sofás, jogos, DVDs, computadores,…

Francisco ficou imóvel, sem reação, pois nem queria acreditar no que os seus olhos viam.

Ao fundo de uma estante, reparou numa secretária onde estavam alguns papéis de requisição.

Em seguida, avistou uma porta, ao fundo, bem ao fundo. Foi até lá e abriu-a.

Naquele momento, ficou espantado, sem palavras, pois estava perante um laboratório científico, onde havia tubos de ensaio, lupas, gobelés, conta-gotas, balcões com torneiras, batas,…

Do outro lado, havia outra porta de onde a sua vizinha Mariana Couto apareceu. Francisco percebeu logo porque estava ela ali, visto que era cientista, fazia todo o sentido.

O rapaz escondeu-se atrás do caixote do lixo, para ela não o ver.

Passado algum tempo, Mariana encontrou-o e comentou:

            - Ah! Finalmente descobriste o caminho!

            - Na verdade, foi o meu cão que o encontrou – esclareceu o rapaz.

            - Sabes o que estás aqui a fazer? – perguntou-lhe ela.

            - Na verdade, não sei.

            - Então eu digo-te. Mandei os livros para o teu canteiro com a intenção de te chamar a atenção, para descobrires o caminho e vires ter comigo. Sabes, tenho um segredo para contar-te que o teu tetravô me confiou.

            - Conta, conta…- pediu o menino.

            - Vou começar. Há muito, muito tempo mesmo muito, o teu tetravô deixou-me uma carta que dizia:

            

“Querida Mariana,

Peço-te um favorzinho, se alguma vez conheceres o meu tetraneto, mostra-lhe a biblioteca, o laboratório científico e a sala de música. Também te peço que lhe entregues isto.”

                                                                                              Assinado

                                                                                                          Bernardo

 
Mariana deu-lhe um instrumento musical e folhas para ele aprender a tocar.

            Francisco olhou para aquilo e perguntou:

            - Como se chama este instrumento?

            - Chama-se saxofone – respondeu ela.

Em seguida, entraram na sala de música que era espaçosa, com vários instrumentos, cheia de música e harmonia.

Mariana pega no seu violino e começa a tocar.

Francisco lê as folhas que o seu tetravô lhe dera e, do nada, começa a tocar…

Depois, acompanha Mariana com o seu saxofone.

Quando acabam as aulas, vai para a biblioteca ler um livro. Seguidamente, tem aulas de Ciências com a Mariana e, para finalizar o dia, vai estudar saxofone.

Mariana Couto, 5ºA, nº14

 

João Taurino


Continuação do texto “O CANTEIRO DOS LIVROS “ de José Jorge Letria

manual de Português do 5º ano "P5", páginas 26 e 27

O Mundo das Histórias e Estórias

            Quando voltou para casa, nesse dia…, reparou num bilhete da mãe a dizer que estaria fora o resto do dia. Ao início, Francisco não sabia o que fazer, mas não demorou muito tempo a ir ao jardim. Quando lá chegou, ficou espantado, pois havia livros por todo o jardim!

            Então, o rapaz ouviu uma voz. Decidiu seguir o som e foi até às hortênsias e, quando inclinou a cabeça para ouvir melhor, viu um clarão de luz. Quando abriu os olhos, viu um mundo de cheio de personagens de histórias e feito de livros!

            De repente, ouviu uma voz composta de todos os sons que a cabeça de alguém pode imaginar e esta apresentou-se:

            - Olá, chamo-me narrador, a voz que conta todas as histórias. Bem-vindo ao Mundo das Histórias e Estórias, foste aqui chamado porque és um dos melhores leitores do mundo e queremos que resolvas um dilema. Segue o caminho amarelo para mais respostas.

            Então, Francisco atravessou o caminho amarelo que foi dar a um palácio enorme, onde entrou. Quando chegou lá, estava o Principezinho sentado num trono de veludo que disse:

            - Olá, Francisco, já sabes quem eu sou e sei que queres respostas, pois então ouve bem: já falaste com o narrador e já sabes a maior parte do que precisas de saber, mas vou explicar-te o resto. O problema é que os maus da fita estão a declarar-nos guerra e, como és um excelente leitor, queremos que resolvas o problema. Aceitas?

            Francisco concordou e o Principezinho indicou-lhe o caminho para o palácio dos maus e desejou-lhe boa sorte.

            Quando chegou ao palácio, entrou e viu o lobo mau sentado noutro trono de veludo e Francisco perguntou-lhe:

            - Porque declaraste guerra aos bons da fita?

            - Porque quando se é o mau da fita ninguém gosta de ti – choramingou o lobo mau – declarámos guerra porque não é justo eles serem melhores do que nós.

            O rapaz percebeu o problema, levou-o consigo ao Principezinho e decidiram escrever uma boa história sobre os maus.

            No final, os dois presentearam-no com uma pedra amarela e disseram-lhe que com ela podia falar com os livros. Depois, despediram-se e, de repente, num clarão de luz, Francisco viu-se na cama. Olhou para a janela e não viu livros nenhuns. O choque era tanto que nem reparou numa pedra amarela pousada na cómoda!

João Miguel Taurino, 5ºA

Joana Cabral


Continuação do texto “O CANTEIRO DOS LIVROS “ de José Jorge Letria

manual de Português do 5º ano "P5", páginas 26 e 27

O sonho mágico

             Quando voltou para casa, Francisco foi logo para o fundo do seu quintal. Viu um livro que nunca tinha lido, “O Planeta Maravilha”.
            - Que nome tão invulgar! – pensou.
              Francisco foi-se aproximando, passo a passo, na relva verde e brilhante do seu quintal, abriu o livro e, de repente, viajou para um mundo mágico que era muito diferente do nosso, tinha a atmosfera cor-de-rosa e brilhava ao pôr-do-sol, que, por sua vez, era violeta. O mar era de um tom avermelhado e, ao longe, parecia cor-de-laranja.
            Francisco estava muito assustado pois não conhecia nada do que estava à sua volta. Aproximou-se um menino que lhe perguntou.
            - O que se passa contigo?
            - Eu quero ir para casa…
             -Onde é que tu vives?
            -Eu vivo no planeta terra.
             -Oh! O planeta terra fica muito distante daqui, no outro lado do Universo. Tens que ir de foguetão!
            De repente…
            - Vá, Francisco, acorda, tens de ir fazer os trabalhos de casa.
            Afinal fora tudo um sonho, Francisco tinha adormecido no carro…

Joana Cabral, 5ºD

Joana Bernardino


Continuação do texto “O CANTEIRO DOS LIVROS “ de José Jorge Letria

manual de Português do 5º ano "P5", páginas 26 e 27

             De novo em casa, estava Francisco ainda com o mistério na cabeça.

            Então, voltou de novo a espreitar o canteiro das hortênsias e viu que cresciam cada vez mais livros, por exemplo - “365 Piadas”, “Os Três Porquinhos”, “O Pé de Feijão”, “O Gato das Botas”, “A Bela Adormecida”, “Branca de Neve” e por aí fora. Francisco estava cada vez mais confuso.

Decidiu que tinha de contar a alguém porque se não daria em maluco. Assim o fez. Foi á cozinha onde estavam a mãe, o pai e o irmão, a prepararem o jantar. Explicou tudo do princípio ao fim, o que se estava a passar.

    Eles acharam muito estranho o que ele dizia e também acharam que ele estava a mentir mas, como viram que ele estava muito confuso, a mãe pediu: “Então, mostra-nos lá isso!”

    As formigas, as lagartas, as doninhas e a toupeira Quica estava a beber o seu chá no quintal e também acharam muito estranho verem tantas pessoas a observá-las.

    Quando a mãe viu aquilo, ficou espantada e exclamou:

    -Francisco, embora às vezes mintas, eu hoje acredito em ti.

    O irmão do Francisco, como gostava muito de livros e de ler, pensou, todo contente: “Yes, agora temos uma biblioteca subterrânea em casa, com todos os livros que existem”.

    A mãe explicou ao Francisco que podiam oferecer os livros repetidos porque não podiam nem tinham espaço para os guardar. Então, o Francisco respondeu à mãe dizendo que iria oferecê-los à biblioteca da escola e a mãe achou uma boa ideia.

    No dia seguinte, foi à biblioteca oferecer os livros repetidos para que os outros meninos e meninas também pudessem ler. A escola agradeceu-lhe muito.

    Francisco ficou muito contente por ter uma biblioteca subterrânea como o irmão dizia mas, ao mesmo tempo, por poder oferecer livros à biblioteca da escola.

    Francisco passou a ler todos os livros que havia no mundo e, quando acabava de ler um, dava-o à biblioteca para que os outros meninos e meninas também pudessem ler.

Joana Bernardino, 5ºD

Beatriz Ferro


Continuação do texto “O CANTEIRO DOS LIVROS “ de José Jorge Letria

manual de Português do 5º ano "P5", páginas 26 e 27

Uma biblioteca subterrânea

   Quando voltou para casa, nesse dia, reparou que continuavam a emergir da terra mais livros.
   -Ó meu Deus! Se continuarem a crescer mais livros onde os vou pôr? Já não tenho mais espaço em casa para pôr livros! Não os vou pôr no lixo! -pensava o Francisco, aflito.
   O rapaz estava muito aflito, ele gostava muito de livros mas não tinha mais espaço. Foi então que teve uma ideia:
   -Já sei! Vou dar os livros à biblioteca da minha escola! Acho que vão todos adorar estes livros!
   Começou a colhê-los e a limpá-los, pois alguns estavam com terra.
   No dia seguinte, foi à escola e entregou os livros.
   -Meu querido, obrigada pelos livros. Antes de no-los oferecer perguntaste à tua mãe se podias? - quis saber a Professora Leonor.
   -Sim, claro que sim! -esclareceu o Francisco, um pouco corado.
   Quando chegou a casa, espreitou o quintal e exclamou:
   -Mais livros!
   -Então era isto que me querias contar? – perguntou a mãe ao vê-lo chegar.
   -Sim, mãe, era mesmo isto! E agora, acreditas em mim? - questionou o Francisco, com um sorrisinho na cara.
   -Sim, meu filho querido! Agora que tenho uma prova, posso acreditar -concordou a mãe.
   O Francisco ficou a tarde toda no quintal, até que viu uma toupeira a subir à superfície da terra.
   -Olá, já deves ter reparado que andam a crescer livros no canteiro das hortênsias!
   -Que eu saiba os animais não falam! -exclamou o Francisco, muito surpreendido.
   -Sim, eu sei que os animais não falam, mas eu e os meus amigos falamos -informou a toupeira.
   -A sério? Mas quem são os teus amigos? -interrogou o Francisco.
   -Por baixo da terra existe uma biblioteca que eu e os meus amigos construímos, mas os humanos não podem entrar porque o espaço é pequenino. Os meus amigos trabalham todos lá. As doninhas arrumam os livros, as formigas fazem as histórias e as lagartas fazem os livros –continuou a toupeira.
   -Então é por isso que os livros estão a vir à superfície da terra? –interrogou o Francisco.
   -Sim, quando os livros têm algum erro ou são mal feitos, as formigas levam-nos até à superfície da terra-explicou a toupeira.
   -Francisco, está na hora do jantar ! – gritou a mãe.
   O Francisco e a família sentaram-se à mesa e o rapaz contou como tinha sido a sua tarde.
   -Hoje à tarde, estive a falar com uma toupeira! –disse.
   -Achas que eu acredito, mano ? – perguntou o irmão Gonçalo, que nunca acreditava no Francisco.
   -Ó Gonçalo, não ligues, o Francisco está a ter um dos seus momentos de imaginação ! – exclamou o pai.
   O Francisco foi dormir e, no dia seguinte, o quintal estava outra vez cheio de livros.
 
Beatriz Ferro, 5ºD

Afonso


Continuação do texto “O CANTEIRO DOS LIVROS “ de José Jorge Letria,
manual de Português do 5º ano "P5", páginas 26 e 27

A leitura salva o mundo

... Francisco, depois de um dia difícil de escola, foi ver como é que estavam os livros. Depois de algum tempo, ouviu o seu vizinho Zé. O menino saltou o muro e viu que o Sr. Zé estava a criticar, dizendo:
– Odeio estes feijões, não fazem crescer nem uma letra ou página!
Francisco ficou espantado e disse ao Sr. Zé:
– Sr. Zé, o meu canteiro está cheio de letras e livros!
 – A sério, mostra! Uau! Como é que fizeste isso?
– Eu... Eu... Não sei, se calhar foram os seus feijões genéticos!
– Ou então foram os E.T.s !
E os dois disseram:
– Não, não devem ter sido...
Nesse momento, desataram à gargalhada. Depois, o Sr. e o menino foram-se deitar e, a meio da noite, o rapaz foi buscar uma pá à garagem e começou a escavar, a escavar, a escavar, até que encontrou uma coisa a brilhar. O cão acordou e começou a ladrar intensamente. Era uma cápsula do tempo! Francisco ficou tão espantado que desmaiou.
Acordou e já tinha passado das 8h00. Chegou à escola de pijama, muito envergonhado...
Muito, muito tempo depois, já no fim do dia, viram um meteorito a chegar à Terra. Os livros tentaram impedi-lo mas não foi possível. Então, todos os bons leitores dispararam um raio de luz e conseguiram salvar o mundo!

 Afonso, 5ºA

O vison e a sua proprietária

Atualmente, as mulheres têm muito poder e riqueza. Em breve, elas vão ter tudo. Basta apenas casarem uma vez e divorciarem-se, de seguida. Com este método, as mulheres podem ganhar metade dos bens do seu ex-marido. Isto é um processo lucrativo tão fácil e tão simples como tomar um pequeno-almoço! Algumas mulheres ambiciosas podem repetir este processo para obter enormes quantias de dinheiro. Para elas, isto é o custo do amor.
Cada vez mais, no mundo, a sociedade não consegue evitar o divórcio. Parece tão inevitável como a morte. Os homens trabalham muito para terem uma profissão melhor, para ganharem um salário sempre mais elevado. Onde estão os homens ricos e com uma boa profissão? Nada pertence a eles mesmos, está tudo nas mãos das suas mulheres ou das amantes! Roupas, malas, joias, etc.! Os homens devem trabalhar tão esforçadamente como escravos.
Na juventude, os homens, na maioria dos casos, têm mais do que uma mulher. Quando casam, poupam mais dinheiro em casa e com as despesas do que as mulheres, mas gastam bastante se tiverem uma `mulher fresca`, ou seja, se tiverem alguma relação extra matrimonial.
E eles próprios? Os homens não pensam em si mesmos quando são jovens. Com o passar dos anos, o cansaço vai-se acumulando, cada vez mais. Até que, um dia, depois de juventude passada, vão ficar surpreendidos quando chegarem à conclusão de que ainda não realizaram nenhum dos seus sonhos mais profundos. Olham para trás e tudo lhes parece uma perda de tempo.
Ao fim do dia, quando acabam os trabalhos, esgotados e com alguns remorsos, vão para o bar beber uns copos com os amigos. Enquanto bebem, contam algumas histórias sentimentais.
Essas histórias têm sempre como personagens um marido trabalhador, uma mulher pouco escrupulosa e uma amante sem caráter.
 
Hugo e Maria estão casados há mais de dez anos. Vivem numa zona nada espacial do Porto. Ele é dentista e tem um consultório no centro da cidade. Todos os dias, sai de manhã cedo e só chega a casa à noite.
A sua mulher, Maria, fica todos os dias sozinha a tratar da casa. Porém, uma vez por mês vai visitar a sua velha tia a Viseu, voltando só no dia seguinte. O marido compreende a dedicação da sua mulher e autoriza-a a fazer esta viagem todos os meses, mas o que ele não sabe é que a sua mulher, na verdade, vai ter com o seu amante!
- É melhor que não esperes que eu vá contigo - tinha dito Hugo, no início da combinação do encontro mensal.
- Claro que não, querido. Ela é a minha tia e não a tua! - foi a resposta de Maria.
Até aí, tudo bem.
De facto, a tia era um álibi conveniente para Maria.
O amante tem, por norma, mais riqueza e poder. Uma casa simpática e bonita nos arredores. Ele não tem mulher, só uma governanta e umas empregadas fiéis.       Embora ela só saia de casa uma vez por mês, ela esforça-se para que esse tempo seja bem aproveitado.
Os anos sucedem-se. A aliança agradável entre Maria e o seu amante continuou sem problemas. Doze vezes por ano, não é muito para o encontro deles. Como não é possível ter tempo nem pensar mais do que o necessário, nunca sentiram tédio nesses encontros temporários nem se alterou o amor, entre eles. Pelo contrário, ao longo do tempo, a espera entre os encontros só fez com que o coração se afeiçoasse mais e, de cada vez, a separação tornou o encontro mais emocionante.
Cinco anos passaram. No dia antes do Natal, Maria estava parada na estação, em Viseu, esperando o comboio de regresso ao Porto. Esta visita tinha sido particularmente agradável! Com o seu amante, ela sentia que tinha valor, que era uma mulher brilhante. Mas em sua casa, com o seu marido, sempre se sentia como se fosse uma simples paciente.
- O Senhor Fábio pediu-me para dar-lhe isso. - a voz, ao lado dela, era da governanta do seu amante. Quando Maria se virou, viu que ele lhe mandara uma grande caixa, um presente que recebeu de braços abertos.
- Ó meu Deus! - Chorou. - Uma caixa enorme! O que terá dentro? Haverá uma mensagem? Será que ele me mandar uma mensagem? - Perguntou.
- Não. - A governanta afastou-se.
Ela entrou no comboio e foi o WC das mulheres com a sua caixa. Fechou a porta. Era um momento emocionante! Um presente do Natal oferecido por Fábio! Começou a pensar no que existiria dentro da caixa que agora estava nas suas mãos.
Imaginou que esta caixa teria uma peça de roupa, alguma coisa muito bonita! Envolta em imaginação, a caixa pareceu-lhe uma caixinha mágica. Fechou os olhos com força e levantou a tampa, lentamente. Colocou uma das mãos no interior e sentiu: havia um envelope em cima de um casaco de pele de vison! Um casaco tão bonito e tão caro!
- O Fábio quererá casar comigo? - Pensou ela. Abriu o envelope, com muita curiosidade.
 
Uma vez, ouvi-te dizer que gostavas de vison. Por isso, pensei nisto. Disseram-me que é de muito boa qualidade. Por favor, aceita-o, com os meus sinceros votos de felicidades, como um presente de despedida. Por razões pessoais, não é possível explicar-te mais nada. Adeus e boa sorte.
PS. Basta dizeres-lhe que a tia foi muito generosa, neste Natal!
 
- Não! - Voltou a chorar. A realidade estava toda ao contrário. Fábio acabou com ela, este era o último presente que lhe oferecia!
Maria chorou muito, mas era uma mulher madura. Limpou as lágrimas da cara e começou a pensar numa solução para poder levar o casaco para casa, porque o seu marido não era burro. Claro que não poderia dizer-lhe que tinha sido uma oferta da tia!
 - O homem deve estar louco! - Disse ela. - A minha tia não tem tanto dinheiro. Não poderia oferecer-me isto!
Então quem teria sido?
Duas horas mais tarde, ia encontra-se com o marido, em casa! E não poderia levar o casaco com ela!
Maria disse em voz alta:
- Eu tenho que ficar com este casaco! Eu tenho que ficar com este casaco!
Muito bem, minha querida. Quer ter o casaco! Mas não entre em pânico! Sente-se imóvel, mantenha a calma e comece a pensar. É uma menina inteligente, não é? Já o enganou antes. O homem nunca foi capaz de ver muito mais do que os objetivos das suas próprias investigações, sabe disso. Então, basta sentar-se absolutamente imóvel e pensar. Tem ainda muito tempo!
Duas horas depois, o comboio chegou à estação do Porto. Ela desceu do comboio e caminhou rapidamente para a saída. Continuava a usar o seu velho casaco e levava a caixa com o belo vison debaixo do braço. Na paragem, chamou um táxi.
- Boa tarde. - Entrou no táxi. - Sabe onde posso encontrar uma casa de penhores que ainda esteja aberta, por aqui?
- Sei, sim senhora. Na rua à esquerda, no próximo cruzamento. - Respondeu o taxista, depois de ter olhado para a mulher, com atenção.
- Então, leve-me lá, por favor. - Pediu ela, arrumando bem o casaco.
O taxista parou o carro em frente de uma casa de penhores que tinha duas lanternas vermelhas penduradas na porta.
- Espere por mim, por favor. - Disse Maria ao taxista. Abriu a porta do carro e entrou na loja.
A loja estava mergulhada em silêncio e Maria não viu patrão nem empregado. Finalmente, o patrão lá apareceu, ao fundo da loja, vindo de um sítio escuro, enquanto Maria observava uma quantidade de coisas fantásticas que outras pessoas tinham trocado por dinheiro.
- Posso ajudar? - Inquiriu o patrão.
- Eu perdi a minha carteira. Como hoje é sábado, os bancos estão todos fechados até segunda-feira, e eu preciso de ter algum dinheiro para o fim de semana. Aqui, tenho um casaco novo e valioso, mas não lhe vou pedir muito. Só quero o suficiente para o necessário destes dias. Talvez, por volta de 50 euros. Na segunda-feira, volto para o resgatar.
O homem não falou até Maria mostrar o casaco. Depois, surpreendido, olhou-a com olhos enormes.
- Este casaco é novíssimo e é de pele verdadeira! - o patrão parecia estar a avisá-la.
- Claro que sim, eu sei. Mas como não tenho um relógio ou um anel valioso…
O homem concordou com ela, tirou um papel e começou a escrever. Pediu-lhe as informações necessárias sobre a identificação do proprietário. Mas Maria quis que o ticket ficasse todo em branco, apenas com o registo do valor que iria receber pela penhora.
O patrão levantou a cabeça, olhou para ela, voltou a escrever e disse:
- Sim, pode ser. Mas se perder o talão, não temos a responsabilidade de lhe devolver a si mesma o casaco, qualquer pessoa o poderá reclamar.
Ela não queria saber nem pensar e concordou com o homem. Recebeu 50 euros e o talão do casaco. Saiu para fora e voltou para casa, de táxi.
 
Ao fim do dia, o seu marido tinha terminado os trabalhos no consultório e chegou a casa. Antes de jantar, enquanto Maria preparava a mesa para a refeição, ele falou-lhe como se fosse um marido feliz.
- Sabes que tive sorte, hoje! Cheguei a casa de táxi e dentro do táxi encontrei um talão de uma casa de penhores. Não está escrito quem é o proprietário, está apenas o valor de 50 euros. - Comentou o médico.
- A sério? Então podes ir lá levantar o objeto penhorado? Onde é? - Hugo ia lendo o jornal e não respondeu, distraído.
- É perto de tua clínica! No início da rua. - Acrescentou ela, pegando no talão.
- Pronto, descansa, eu vou lá trocar isso, na segunda-feira. - e Hugo terminou a conversa.
 
Na segunda-feira seguinte, Hugo beijou a mulher e pôs-se a caminho da clínica, com o talão.
Maria só acordou mais tarde. Fingindo-se muita curiosa, telefonou ao marido e perguntou-lhe:
- Então? Já sabes o que é?
- Tens sempre sorte! É uma coisa para mulher! - Do outro lado do telefone, escutou-se a voz dela.
- Tu sabes! Eu tenho sempre boa sorte! Quero ver o que é, já! Tens tempo para almoçares comigo? Vou passar pela tua clínica!
- Sim, pode ser à uma da tarde. - Respondeu Hugo.
- Então, até logo!
Esta menina! Pensava que o casaco iria voltar a cair-lhe nos braços, depois de tantas dificuldades. A sua felicidade era enorme! Vestiu-se com elegância e esmerou-se na maquiagem para ficar perfeita, depois de vestir o seu valioso casaco.
Saiu muito cedo para fazer o caminho a pé, procurando controlar o medo de chegar atrasada, o medo que o casaco fugisse se ela não estivesse lá a tempo.
Quando entrou na clínica, bateu à porta do escritório do seu marido.
- Onde está a minha prenda!? - Hugo ainda não tinha olhado para ela, mas a voz dela já ecoava na sala. O marido levantou-se da cadeira, pediu-lhe que se virasse para atrás e fechasse os olhos.
Maria ficou muito excitada e levantou os braços, perpendicularmente ao corpo, porque ela sabia que ia ser vestida, de seguida. Mas o que tocou na sua pele, apenas roçou o pescoço. Começou a sentir dúvidas. Como? Ela abriu os olhos e viu apenas o cachecol que fazia conjunto com o casaco, também ele feito de pele de vison.
Então?
Maria começou a pensar. O que se passava? A sua primeira conclusão foi: como o talão não tinha nenhuma informação, o patrão da loja tinha-a enganado.
De imediato, ela disse ao marido:
- É bonito! Mas quero ir à casa de banho, quero compor bem o cachecol. Só um momento!
Saiu do escritório. Andou muito depressa. Onde ela passava tudo parecia estar congelado mas podia ver-se o fogo que lhe atravessava os olhos. Telefonou para a casa de penhores. O padrão confirmou-lhe que, em troca do talão, tinha devolvido o belo casaco, tudo completo, a um homem com cerca de 35 anos.
Quando ela recebeu esta confirmação, deixou de compreender o que se tinha passado. As dúvidas persistiram no caminho de voltar para o gabinete do marido. Porém, a certa altura, deteve-se, deixando cair ao chão o telemóvel que ainda guardava na mão. Surpreendida, viu que o seu casaco já tinha uma nova proprietária – a secretária do dentista Hugo.
 
Hu Jun, nº15, 11ºA1 PLNM