Continuação do texto “O CANTEIRO DOS LIVROS “ de José
Jorge Letria
manual de Português do 5º ano "P5", páginas
26 e 27
O
canteiro dos livros
Quando chegou a casa, Francisco foi
espreitar o quintal e viu uma toupeira muito zangada. Como sabia falar com
animais, perguntou-lhe:
-O que se passa?!
-O que se passa, o que se passa,
ainda tens coragem de perguntar isso, olha à tua frente, o que fazem estes
livros aqui? - pergunta a toupeira,
furiosa.
-Tem calma…
-Ter calma?!
-Sim, as formigas já vêm aí para
levarem os livros para o se depósito subterrâneo de livros, ao qual eu chamo
biblioteca. Também vou oferecer alguns livros à biblioteca da escola, à
biblioteca do bairro e, claro, os restantes livros ficam para mim, ou então,
abro a minha própria biblioteca «Biblioteca do Francisco» que seria o máximo,
sim, acho que vou fazer isso!
Subitamente, apareceram lagartas e
doninhas fedorentas (cheiravam tão mal…), que queriam levar todos os livros do
quintal mas, quando tiravam um livro do seu lugar, nascia sempre mais um livro,
mais um livro, mais um e mais um, sempre, sem pararem de crescer.
Ninguém conseguia tirar os livros todos
porque quando tiravam um nasciam sempre mais dois. Francisco andava cada vez
mais contente, mais esperto e, todos os dias, com um livro novo, debaixo do
braço.
Um dia, a toupeira perguntou-lhe:
-Francisco, posso levar alguns
livros para mim?
-Sim, claro que sim, quando nascer
um do teu agrado, leva-o logo.
-Obrigada, muito obrigada,
Francisco!
-De nada.
No dia seguinte, foi contar tudo o
que estava a acontecer aos seus colegas. Os seus colegas ficaram tão admirados
que quiseram ir logo ver. Quando acabaram de ver tudo, cada um escolheu o livro
que mais lhe agradou.
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